INFORMAÇÃO SUMÁRIA

Padroeira: Santa Marinha.
Habitantes: 1.070 habitantes (I.N.E.2011) e 1.124 eleitores em 05-06-2011.
Sectores laborais: Agricultura e pecuária, construção civil, transformação de madeira, indústria têxtil e pequeno comércio.
Tradições festivas: Senhor do Bom Jesus (1º Domingo após o dia 3 de Maio), Sra. de Fátima (1º Domingo após 12 de Maio), Santo António (1º Domingo após o dia 13 de Junho), S. Bento e Sra. do Emigrante (15 de Agosto).
Valores Patrimoniais e aspectos turísticos: Igreja paroquial, Capela do Bom Jesus com cruzeiro, antiga Casa da Câmara com pelourinho, no lugar de Albergaria, e cruzeiros nos lugares de Carvalhinho e Igreja.
Outros locais de interesse turístico: Gruta da Torre dos Mouros.
Artesanato: Mantas e tapetes de farrapos, tecelagem de linho.
Colectividades: Anais Futebol Clube, Associação de Caçadores de Anais e Corpo Nacional de Escutas Nº367.

 

ASPECTOS GEOGRÁFICOS

A Freguesia de Anais, situada na margem direita do rio Neiva, num vale de onde se descobre Braga, Barcelos, o Convento de Tibães, o de Vale de Pereiras, o rio Lima e outras povoações, dista cerca de doze quilómetros da sede do concelho, onde as acessibilidades  são privilegiadas pelo Nó rodoviário de Anais da A3, com a Estrada Nacional 201.
Os Lugares da Freguesia de Anais são:
Agrela,  Agueiros,  Albergaria,  Asnais,  Barreiros,  Barrosa,  Boavista,  Bom Jesus,  Bouça,  Cadém,  Cadramouça,  Caramace,  Carrapata, Carreiro-Cova,  Carvalhinhos, Casas,   Casas Novas,  Castelo,  Celeirô, Corveira,  Corvos,  Costeira,  Cotinho,  Coto,  Cruz,  Cruzeiro,  Devesa,   Esporão,  Feteira, Fonte,  Fontelo,  Gaião,  Gândara,  Gramas, Igreja,  Insua,  Lagoeira,  Luso, Merouços,  Mouro,  Outrêlo,  Pedra da Cruz,  Pereiro,  Raínho,  Sobreval,  Souto, Souto de Rei,  Talho,  Turrão,  Valas, Vale, Várzea de Mouro,  Varziela,  Veiga,  Venda,  Xisto.

 

RESENHA HISTÓRICA

 

Anais foi cabeça de concelho mui…liberal  (descarregar em PDF)

A antiga freguesia de Santa Marinha de Anais era vigairaria da apresentação de um cónego da Sé de Braga, passando, mais tarde, a reitoria, tendo anexa a si a antiga freguesia de Albergaria de Penela.
Esteve, em tempos, dividida por dois concelhos: duas partes da freguesia pertenciam ao concelho de Portela das Cabras e o restante ao concelho de Albergaria de Penela. O concelho de Portela das Cabras foi extinto em 24 de Outubro de 1855, passando nessa mesma data ao concelho de Ponte de Lima.A propósito desta curiosa divisão, precisa o Pe. Cardoso:
“A parte desta freguesia que fica para o nascente pertence ao concelho de Albergaria, e nesta mesma parte da freguesia está o Poço do Lumiar, do concelho de Albergaria, no lugar que tem o mesmo nome, de que é donatário o almirante-mor do reino, e comarca da vila de Viana.
Duas partes de toda a mais freguesia, para a parte do poente, são termo e pertença do concelho do Salvador de Portela, em cuja freguesia fica o paço deste concelho, comarca da vila de Barcelos, de que é donatária a Sereníssima Casa de Bragança.
Chamaram-se também estes dois concelhos de Penela por estar situada a maior parte deles nas vizinhanças duma ribeira assim chamada; e assim se processa nos papéis públicos de um e outro concelho.”
O mesmo autor conta desses tempos antigos, ainda, que, “no sítio da Pedra da Cruz, divisa desta freguesia da de S. João Baptista, do couto da Queijada, junto à estrada real, que vem da vila de Ponte de Lima para a cidade de Braga, há um monumento feito de pedra lavrada, assentado na superfície da terra, com duas pedras lavradas nas pontas levantadas como pirâmides redondas. Terão de grossura um palmo; de altura, três; e outros três de largo. A mesma largura do monumento é formada à maneira de sepulcro, mas não se sabe se ali jaz algum cadáver sepultado, ou se seria feito para baliza do couto da Queijada.”
No alto de um monte desta freguesia existem vestígios de antigas fortificações. O povo deu o nome ao sítio de Casa ou Castelo de Mouros.
Aqui terá existido um importante castelo medieval, que foi cabeça da antiga terra de Penela.
A igreja paroquial era primeiramente no lugar chamado da Igreja, próximo do monte do Castelo, mudando-se (provavelmente em 1673) para Anais.
Conserva alguns restos quinhentistas.
Ainda a respeito da história da freguesia, no Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo, pode ler-se na íntegra: « Nas Inquirições de D. Afonso II, de 1220.  Aliais vem referida sob a designação de Santa  Maria de Penela, pertencendo a parte nascente ao antigo concelho de Albergaria e o restante do lado poente, ao de Portela das Cabras.  Em 1290, nas Inquirições de D. Dinis, vem citada como freguesia, com o nome de Santa Maria de “Asnãaes” e integrada na Terra de Penela. No catálogo das igrejas, organizado em 1320, no reinado de D. Dinis, para a avaliação da taxa a pagar, Santa Maria de Anais, de Penela aparece com 40 libras. No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios do arcebispado de Braga, na parte respeitante às igrejas da Terra de Penela, feita entre 1489 e 1493, D. Jorge da Costa diz que esta igreja rendia, em dinheiro com morturas, cerca de 136 réis. Américo Costa descreve-a como vigairaria da apresentação de um cónego da Sé de Braga, passando mais tarde a reitoria e tendo anexa a si a antiga freguesia de Albergaria de Penela. O concelho de Portela das Cabras foi extinto pelo decreto de 24 de Outubro de 1855,  passando por esse mesmo decreto ao concelho de Ponte de Lima.»
Inventário do Património Arquitectónico em http://www.monumentos.pt

Informações detalhadas acerca de:
► Cruzeiro de Carvalhinho
► Pelourinho de Anais

Fontes consultadas: (Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias Autarcas do Séc. XXI, Inventário Colectivo dos registros Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo).

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